sexta-feira, 29 de maio de 2009

Asas Rasgadas...

A chuva bate na vidraça lentamente,
a apatia envolve-me suavemente.
Refugio-me nos meus pensamentos
a solidão dança em volta de mim,
congelando todo meu ser,
transformando a minha vida num mar turvo.

Escondo-me,
pequenina,
tímida,

enjeitada,
desde o nascer do dia nublado.

Trago as minhas asas rasgadas,
sofro os meus golpes de raiva.
Eles pensam que me conhecem
mas nem eu me conheço,
e continuo a ensaiar
a tristeza com um sorriso.

Banho-me num rio de esquecimento
e a porta fecha-se em silêncio...

Maria Flor!

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Uma Florჱܓ com carinho