Olhei-me
ao espelho, confusa
ajeitei o cabelo, senti um aperto, era guerra
toquei com os dedos a água, a terra!
Brinquei com a figura, revolta
joguei com a memória mais solta
fingi que não era eu
era o chão, era o céu
era um grito, o reflexo.
Era de qualquer pintor
era do desgosto, do sorriso
era de um solto gesto,
exato, preciso.
Era do espelho,
água de corrente,
era do toque,
destorcido,
incoerente,
era à noite, a viagem
era do sono e da coragem.
Era do desespero de encontrar,
da vontade de me ver... de me perder!
Maria Flor✿ܓ
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Uma Florჱܓ com carinho