quinta-feira, 5 de junho de 2014

Inquietude...

perdoa o meu silêncio
rio circunscrito
pelo branco apagado da ausência

este escombro
que escala o dia
caminho arenoso
onde o recorte da lua não chega.

perdoa o gesto covarde
de te provar no deserto da noite
e não te chamar

os lábios calcinados
a pele emigrada
a voz submersa

só não perdoa esta
voragem no olhar
que te procura como um dardo
ávido.

Maria Florܓ



Um comentário:

Uma Florჱܓ com carinho