domingo, 13 de outubro de 2013

"Violão Mudo"

A inércia chega-me como um desenho abstrato. 
As vozes não se calam, mas os gritos 
são surdos e sem público, 
só existe o ninguém. 
Caio no vazio que enche a minha alma 
e deixo que o silêncio me levante. 

Mas nada me sustém de pé, 
quando a força é sugada pelo tempo 
que se arrasta ao passar. 

As gotas da tua ausência ficam penduradas 
no ar úmido assim como ficam


as notas entoadas 
pelo violão que já se calou. 

A liberdade escondeu-se no casulo onde mora 
a perfeição que espera por voar. 

Já a ilusão vive encoberta nos sonhos, 
resistente à poeira da realidade, 
mas não provou da fonte e a 
imortalidade não mora aqui. 
Quem sabe onde está?

Eu em silêncio e o violão mudo...

Maria Florܓ


3 comentários:

  1. Boa tarde, Maria Flor. Lindo poema.
    A inércia sendo alimentada pela solidão faz um desastre total, terrível, daqueles que não temos boca para falar, e sim lágrimas para jorrar, pensamentos inquietantes e frios.
    Não há nota de felicidade que o violão agora produza, mas acredito que ele voltará a entoar lindas canções de amor na realidade!
    Tenha uma semana de paz!
    Beijos na alma e fique com Deus!

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  2. Não acredito em ano velho nem ano novo...acredito na VIDA...em seu caminho de luz,paz e amor...e é o que eu te desejo!

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  3. Fiquei muito feliz com tua visita...
    Tu sabes que me és muito especial...e de longa data!!!!
    Mesmo não estando muito presente em tua vidinha,te gosto muitão e tu sabes disso!
    Beijão...

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Uma Florჱܓ com carinho