quarta-feira, 5 de maio de 2010
"Espanto"
E aqui dentro o silêncio...
e esse espanto...
e esse medo.
E nós dois – nós dois em silêncio
e a implacável distância.
E já se foram meses – anos e
este breu e meu espanto.
E a distancia,
e o tempo que não dá trégua,
não volta.
Não conta nada de novo,
não me diz de você...
E o grito ecoa no abismo dos meus dias,
esses dias cinzas,
gelados e a distância...
E a saudade de dias outonais
das margaridas na calçada
de pinturas e jardins.
E depois ...
Esse silencio,
esse espanto,
e da um medo
da distância e do tempo,
que tudo leva e não tem jeito...
É um medo
é o espanto
da solidão.
É tédio
é couraça
é o fel...
Maria Flor ჱܓ
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Muito bem descrita a sensação de vazio e solidão amiga. Uma beleza! Eu me senti exatamente assim quando era casada.Sentia tudo isso estando com alguém ao meu lado. A distância era de almas. Adorei! Montão de bjs e abraços
ResponderExcluirAdorei o seu blog, adorei o poema!
ResponderExcluirNunca pare de escrever, voçe tem um dom.
Beijos
Há momentos na vida em que sentimos tanto a falta de alguém que o que mais queremos é tirar essa pessoa de nossos sonhos e abraçá-la.
ResponderExcluirClarice Lispector
Forte abraço prá voce.....Boa Noite!
Solidão, produto da saudade...
ResponderExcluirLindo demais e muito bem escrito. Bjos no coração
Maria Flor...
ResponderExcluirUm belo poema, apesar do desânimo e da angústia das palavras...
Esse vazio deve ser preenchido com afectos, emoções, desejos, sonhos...
Quero ver-te sorrir!
Beijos
AL
Quando se é poeta, até da tristeza se extrai a beleza, como este poema!
ResponderExcluirbeijos
Oi Maria...
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