quarta-feira, 19 de maio de 2010

"Ficção"




Como esquecer, como apagar...
Quando o antes deixou de ser o antes,
quando o depois deixou de ser o depois,
quando o agora não existe.

Simplesmente se respira para voltar a ficar
sem fôlego,
e com um sorriso ao voltar à lembrança
do que é rir.

Sinto um arrepio gélido ao voltar
saudosamente aos teus braços.
simplicidade que não voltara a repetir,
volta que tarda em voltar.

Ah! A profundidade do teu olhar
em busca do meu...
A magnitude dos teus olhos,
encontrar-me neles e nunca mais
perder-me deles...

Tudo em mim reclama por ti,
o teu odor, o meu odor,
o nosso cheiro...

É o sufoco, a agonia da ressaca,
da droga que me deste,
meu querido!

Livre, autêntico, puro,
se tens de ir, vá!
Mas não voltes a mostrar-me
o que já não és,
a sentir que não perdi o que perdi...
O que nunca tive

V
O
C
Ê
...

Maria Florჱܓ

13 comentários:

  1. Oi, Maria Flor,
    lindo poema de paixão, mesmo não se tendo a certeza de quem é o outro... mesmo que tudo seja uma "ficção" real!

    Bj

    ResponderExcluir
  2. Magnífica...tu és magnífica!!!!
    Beijos...coisa mais querida!

    ResponderExcluir
  3. Seu poema me lembrou do quanto é poderosa, essa escravidão chamada paixão. Agradeço o passar do tempo que traz a paz para o corpo. Apesar de, as mágoas perdurarem.

    Um grande abraço. Desejo-lhe muitas alegrias.

    ResponderExcluir
  4. Que lindo poema Maria.

    Tem coisas que não queremos esquecer nunca.

    Boa semana

    Bj

    ResponderExcluir
  5. Tecendo o anoitecer

    Eu,
    Tecido de sonho
    Abro a cortina,
    descerro a beleza.
    Coso pontinhos
    de amor incrustado
    em cristal, orvalhado.
    Um manto de luz, recobre montanhas,
    matizes dourados em raios espalha
    o entardecer que seduz.
    Rebordo o bordado em ponto de cruz,
    com linha em novelos
    que cruzam a cena.
    Costuro uma estrela,
    amarro-a em fitas.
    Um laço no abraço
    que a noite oferece
    me prende ao botão
    em ponto de fuga
    e do sol me despeço,
    fletindo a visão.
    Encerro o dia,
    zíper fechando o cenário
    em doce poesia, magia.
    - Gaiô -

    Com carinho.
    Helena

    ResponderExcluir
  6. Passei para lhe dizer: Bom dia!

    Felicidades!

    Um grande abraço. Tenha uma bela semana.

    ResponderExcluir
  7. Lindo o seu poema.Tem algo de muito sincero nele.
    Ótimo blog o seu.Seguirei!

    ResponderExcluir
  8. Nossa

    Voce foi muito feliz nesta composição!
    Adorei!

    bjos
    Nica

    ResponderExcluir
  9. Eu já me encontrei !!!
    (http://joe-ant.blogspot.com/2010/05/andava-perdido.html)
    ...
    Resta saber se quero ser encontrado.
    O "risco" de ser encontrado é maior que os "rabiscos" que encontro (novamente) expressos nas lindas poesias.
    Bem haja !!!

    ResponderExcluir
  10. belo poema.
    respirar para apenas perder o fôlego...uau...
    bjs

    ResponderExcluir
  11. Saludos cordiales poeta. Felicitaciones. Excelente poema, muy bien estructurado, cuyo contenido es magia para los lectores, donde la imaginación vuela en las alas de la escritora.
    Con mi afecto Víctor Manuel

    ResponderExcluir
  12. Flor

    O que gosto no teu texto é que ele não vem pelas metades, ele é intenso, tua entrega é total e amo textos assim, amo pessoas assim...

    Que suas posições sejam certas ou erradas, mas, quero ao meu lado pessoas que se posicionem, que tenham coragem de mostrar o seu verdadeiro eu, suas posições, suas verdades.

    Tua poesia marca, tua poesia é intensa e vibrante, certamente, reflexo da autora.

    Parabéns!

    ResponderExcluir
  13. Olá.

    Penso que o amor
    nos rouba a razão,
    pois sendo senhor de si
    decide a hora de chegar
    e a hora de partir.


    Que haja sempre em
    teu coração espaço
    para os sonhos.

    ResponderExcluir

Uma Florჱܓ com carinho