segunda-feira, 25 de janeiro de 2010
"Caixa de Pandora"
O passado de nós dois,
é uma senda que leva ao pasmo.
O passado entre nós dois,
é uma extensão sem algum horizonte.
O passado dentro de mim,
é um vale de perfumes e cores
seladas dentro de uma caixa de pandora.
Debaixo daquela tampa
é mistério energético e turbulência,
tudo em volta.
Cada dia
explode dentro um instinto:
sentimento e inconsciência
de um vicio, de um capricho.
Assim pago o caro preço do êxtase
e da dor cada vez que liberto aquela memória
impressionada pelo teu sorriso.
Uma pérola em equilibrio sobre a minha mão.
Um bater da célula
e são grãos
que escorregam entre os dedos.
Cada dia
o teus olhos perguntam-me onde posso chegar.
Cada dia a tua voz
lembra-me que tinha um objetivo
escondido debaixo das solas dos meus sapatos.
Cada dia
surgem e decaem camadas de pó
sobre aquela caixa.
Cada dia
ressoa uma dúvida na minha cabeça:
porque uma infelicidade vivida
para uma felicidade protelada?
Cada dia
raiva medo e ignorância
lembram-me que envelheço.
Um sorriso amargo
tropeça entre os lábios
e então,
o tempo de nós,
aprisionado na memória,
conserva só uma patética simulação
de um encantamento irrepetivel.
Cada dia
sou inquieta, serena.
Eu desejava que o tempo
não parasse mais dentro
dos teus olhos como naquela época!
Mas eu sei também que
não por isto abrirei a caixa de pandora.
Maria Florჱܓ
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Menina....lindo...lindo...lindo...só tu para me fazer ver sem estar com os olhos abertos...LINDOOOOOOOO!!!!!!!!
ResponderExcluirMaria Flor...
ResponderExcluirBelissimo poema! Adorei a expressão poética e o estilo seguro como dispões as palavras!
Um beijo
AL
Flor que lindo ! amo seus poemas.. vc sempre me mostra um lado que eu nunca havia pensado.. tua alma é linda..vc é linda.. adoro vc..beijão
ResponderExcluirExcelente. Contiene muy buenos giros estructurales. Tiene buena comunicación con el lecvtor, ya que cada palabra nos traslada las metáforas del poema. Felicitaciones
ResponderExcluirVíctor Manuel Guzmán